quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Vota este Domingo e vota SIM!

Risco de Morte em Portugal: Aborto Legal: 10 mortes/100'000 abortos; Aborto Clandestino: 50 mortes/100'000 abortos. MORTE? Não Obrigada!
img daqui

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

CHAMAM A ISTO PRESTAR TODO O APOIO À MULHER GRÁVIDA?


REPAREM NA CRUELDADE COM QUE A ICAR TRATA ALGUMAS CRIANÇAS, MÃES E PAIS

(Estas notas não são para justificar a decisão de ABORTAR, mas somente elencar HIPOCRISIAS de
quem insiste em aplicar a sua falsa moralidade aos outros).

Se uma mulher for católica e caso a sua gravidez não tiver acontecido “dentro de um casamento
católico”, pode essa mulher baptizar o seu filho?
NÃO. (Eu sei, dá um presunto ao padre e ele assobia para o ar).
Tal como um católico que se divorciou civilmente, nunca mais pode ser catequista, padrinho/madrinha
de baptismo ou de casamento.

Poderá o seu filho (filha já sabemos que não pode…), se eventualmente sentir vocação para o sacerdócio, ingressar num seminário?
NÃO. Não pode, porque o seu nascimento ocorreu fora do casamento católico.
Também não pode se eventualmente, nasceu ou adquirir alguma deficiência (ver nota mais abaixo).

Um casamento católico pode ser dissolvido pelo facto de "ele" ser homossexual, apesar de poder procriar?
PODE. Porque é uma das condições para a dissolução.
Um casamento católico pode ser dissolvido pelo facto de "ele" ter uma amante?
NÃO PODE. Se "ele" tem uma amante não se pode dissolver, cabe lá na cabeça de algum invocar
tal argumento.
Se calhar é por isso que as senhoras de posição não abortam, os maridos vão para as amantes, e essas é que abortam.

Do texto do Padre Mário da Lixa de – 2007 FEVEREIRO 02 –
“Já reparastes (infelizmente, não temos procurado ser católicos bem informados e andamos quase
sempre muito distraídos do essencial) que o Código de Direito Canónico (CDC), da Igreja, ainda é
mais penalizador contra as mulheres católicas que abortarem do que a actual lei do Código Penal
português? Vede só esta barbaridade canónica: as mulheres católicas que abortarem ficam automaticamente excomungadas, portanto, fora da comunhão da Igreja! Nem é preciso
o Tribunal eclesiástico proferir a sentença. É automático! Porém, se as mulheres católicas grávidas,
para não serem excomungadas, decidirem levar a gravidez ao fim e, logo após o parto, matarem o
bebé, já não sofrem qualquer sanção canónica. Cometem, obviamente, um pecado mortal
de infanticídio, mas não sofrem nenhuma sanção canónica. Estremeceram com o impacto
desta revelação? Mas a realidade é esta.”

E eu acrescento, vimos PINOCHET responsável CONFESSO de milhares de mortes, receber o perdão
na hora da morte, ou mesmo antes. Então porque se é tão duro para uma mulher que aborta?


Continuando…
O Código do Direito Canónico "afasta" a possibilidade de ingresso nos seminários, qualquer deficiente
físico. Uma vez que pelo CDC nunca poderão ser ordenados sacerdotes.
A verdade é que nunca vi nenhum sacerdote com alguma deficiência física. Alguém conhece um
padre que tenha sido ordenado com uma deficiência física?
Apontem casos por favor.
Consultar o CDC em:
http://www.vatican.va/archive/ESL0020/__PV.HTM

“241 § 1. El Obispo diocesano sólo debe admitir en el seminario mayor a aquellos que, atendiendo
a sus dotes humanas y morales, espirituales e intelectuales, a su salud física y a su equilibrio psíquico,
y a su recta intención, sean considerados capaces de dedicarse a los sagrados ministerios de manera
perpetua”
Se o CDC fosse divulgado convenientemente...

PELO DIREITO À VIDA e À VIDA COM DIGNIDADE

1:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

do correio não confidencial do Padre Mário



JANEIRO 13, Victor S.

Querido Amigo. Estamos na era de todas as hipocrisias de tal modo que ainda ontem ouvi uma senhora, cuja primeira reacção foi a de dizer à filha para abortar quando esta chegou a casa grávida e ainda solteira, insultar o marido por defender o SIM para o próximo referendo.
A propósito ou não, sei lá, junto uma pequena crónica que escrevi depois do referendo anterior e para um jornal que já não existe. Se quiseres usa-a. Trata-se de uma história com primeira pessoa, cuja protagonista poderá já não estar entre nós, mas que lembrarei sempre que for preciso porque não há consciência que possa ficar indiferente a vidas tão feitas de sofrimento e tão hipocritamente escondidas por todos quantos vêm para a praça pública manifestar-se contra a despenalização do aborto=deixar de ser possível perseguir legalmente as mulheres que tenham de recorrer a ele.
A conclusão que tiro nesta crónica é a que todos terão que tirar se, uma vez mais, o NÃO ganhar. Deixemo-nos de mais hipocrisias: a Lei é para se cumprir, não é para fazer de conta. Um abraço.



Muito bem, Amigo Victor, a crónica está um bocado forte, mas não pode ser de outra maneira.
Dói-me o coração pelos meus irmãos bispos e pelas leigas, pelos leigos que andam numa roda viva pelo NÃO. São cruéis. Sem coração. Sem o Espírito de Jesus, o de Nazaré. São fariseus, com pedras na mão.
Vou colocar a tua crónica no “Correio não confidencial” O meu bem-haja. E o abraço, Mário

Eis, pois, a crónica na íntegra:

CRIMINOSA PROCURA-SE...

Tem quarenta e nove anos, um filho com vinte e nove, um cancro em fase muito adiantada que lhe levou já os dois seios e encontrava-se ali e naquele estado por ter feito, dois dias antes, um "desmancho" clandestino.
Encontrei-a por acaso, numa unidade de saúde do Porto e não sei o que nela mais me impressionou: se a debilidade física que se manifestava no seu aspecto frágil e sofrido, se a aflição e a tristeza que lhe escorriam do olhar e do rosto secos e gastos pelo tempo e pela doença.
Depois de assistida na urgência e de ter recebido uma demorada transfusão de sangue, a sua história desfiou-se num murmúrio sobressaltado:
" - Sabe?! Eu tenho quase cinquenta anos, o meu filho mais velho está quase nos trinta... Apareceram-me uns caroços e tirei os seios há seis anos. Já fiz muitos tratamentos e dizem que é maligno. Sabe como estas coisas são?!... com tantas preocupações não tomei os cuidados e fiquei grávida. A princípio achei que não era nada, se calhar era dos tratamentos, mas depois vi que era verdade e não sabia o que fazer. Está a ver... com o meu problema, o meu marido e os meus filhos... fiquei com medo. Fui ao médico de família para ele me ajudar. O médico é muito boa pessoa, mas disse-me que não podia fazer nada, que a minha saúde não corria perigo com a gravidez, que eu devia ter tido mais cuidado. Eu ainda lhe expliquei que era a minha doença, a minha idade, isso assim, mas ele disse que não era legal. Não era legal... Já viu?, nesta idade, com um malzinho ruim... e grávida. Acha que uma mulher da minha idade e doente tem forças para trazer um filho na barriga? Eu sei lá se não morria antes dele nascer!?... Eu não sabia o que fazer à minha vida e foi uma senhora que ia também aos tratamentos no instituto que me indicou uma clínica, para os lados de Aveiro. Fui lá, paguei cem contos, fizeram-me o desmancho e mandaram-me para casa no estado em que viu..."
Na altura pensei compreender o drama da tal mulher e as razões físicas e psicológicas que a levaram a abortar clandestinamente e guardei para mim o pedaço de vida que me tinha sido segredado. Agora, depois das coisas que vi e ouvi nos jornais, rádio e televisão da boca de políticos, responsáveis da igreja, médicos e outras figuras públicas com responsabilidade, tenho que reconhecer que a minha atitude é legalmente condenável e não me resta outra solução que não seja a denúncia aos tribunais deste crime e mandar a mulher para a prisão. Suponho que ninguém esperará da minha parte outra atitude depois da Assembleia da República ter votado a favor da condenação criminal das mulheres que recorrem ao aborto nestas circunstâncias. Tenho muita pena, mas a Lei é para se cumprir.
Por isso, e porque, talvez impressionado com a história da mulher, não tive em conta no momento que estava perante uma criminosa, não fixando o seu nome e endereço, venho pedir a quem saiba do seu paradeiro que faça o favor de mo comunicar para a entregar à justiça

1:10 da manhã  

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