sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Balanço destes 5 anos

Em cinco anos a não te prives cresceu para lá das tertúlias mensais em torno das quais organizámos as nossas actividades em 2002.

Anualmente organizamos em média dois colóquios públicos centrados em temas como a violência, a educação sexual, o sexismo na linguagem, a sida ou a despenalização do aborto, por exemplo. Temos tido o privilégio de trabalhar com especialistas nacionais e estrangeiros que convidamos para estas iniciativas, o que se reflecte na qualidade das nossas propostas.

Durante este período trouxemos para espaços públicos da cidade de Coimbra lançamentos de livros sobre as temáticas em que trabalhamos, com a presença de autores/as como Isabel do Carmo, Lígia Amâncio, Eduardo Pitta ou Manuela Tavares, a nossa exposição fotográfica sobre "Homossexualidade em Espaço Rural - conhecer para agir", a 1ª Gala Travesti e a 1ª Queer Party de Coimbra, bem como a exibição de filmes e documentários em ciclos de cinema temáticos organizados em parceria.

Tivemos um papel impulsionador fortíssimo em 2004 quando decidimos convidar o barco das Women on Waves para vir a Portugal, criando assim a Campanha Fazer Ondas em parceria com outras organizações portuguesas. Esse foi, de resto, um dos projectos que mais voluntários e voluntárias agregou, demonstrando bem o empenho que partilhamos pelo tema da saúde reprodutiva.

Todos os anos marcamos também presença activa na Marcha pelos Direitos LGBT, em Lisboa, da qual somos co-organizadores desde 2004, estando ainda presentes com uma Banca de Informação no Arraial Pride e no Porto Pride. Em 2006 fomos também co-organizadores da 1ª Marcha LGBT do Porto e do 1º Mira Pride, importantes actividades de descentralização da visibilidade gay, lésbica, bissexual e transgénero, para além de termos participado no 1º Encontro LGBT Luso-Ibérico, em Cáceres. O ano de 2006 foi, de resto, marcante, uma vez que, para além das actividades mencionadas, lançámos ainda a brochura "Porque Celebramos o 8 de Março?", dirigida ao meio escolar, e a Campanha "Sou Mulher, Tenho Direitos a uma Saúde Sexual e Reprodutiva Responsável", destinada a sensibilizar a comunidade estudantil para a importância da contracepção, da educação sexual e do direito a estar livre de formas de discriminação e exclusão. Algumas destas iniciativas contaram com o apoio do Instituto Português da Juventude e obtiveram reacções muito positivas.

Considerando o carácter exclusivamente voluntário de todo o nosso associativismo, não poderíamos estar mais satisfeitos/as!


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